domingo, 15 de agosto de 2010

Curso de locução para melhorar os avisos do Metrô

Um treinamento específico de locução com fonoaudiólogos será realizado com todos os operadores de trens do Metrô. A importância da clareza da fala e da compreensão dos avisos sonoros são os principais objetivos do curso. "São treinadas técnicas de respiração, postura, articulação das palavras, pausas enfáticas e suavização de sotaques".
A matéria é muito interessante e mostra a importância do fonoaudiólogo no treinamento de profissionais da voz!
Clique no título para acessar a reportagem na íntegra.
Equipe Vocalis.
Fonte: Estado de São Paulo, 28 de julho de 2010. 

Falar e escrever bem: rumo à vitória

A Revista Veja publicou recentemente uma crítica aos discursos utilizados pelos candidatos à Presidência da República durante o debate promovido pela “Band”. Abaixo trazemos alguns recortes que julgamos interessantes. Vale lembrar que, assim como a expressão vocal, a linguagem utilizada é de suma importância para cativar os ouvintes e ter credibilidade.
“Quase nada foi oferecido ao eleitor que porventura tenha assistido às duas horas de perguntas, respostas, réplicas e tréplicas: na maior parte, o debate foi simplesmente ininteligível. Dois homens e duas mulheres cujo ofício público exige a formulação clara de propostas concretas e princípios abstratos falharam todos, em maior ou menor medida, no uso de uma ferramenta básica: a linguagem. Diante do fiasco desses profissionais, as pessoas comuns têm alguma esperança de expressar-se com mais clareza e eficiência? Para quem está empenhado em aperfeiçoar o manejo do idioma – e não será necessário lembrar que o seu domínio, na fala ou na escrita, é crucial para o crescimento profissional -, as oportunidades e as ferramentas são cada vez mais numerosas. Livrarias, bibliotecas e dicionários estão acessíveis pela internet, e a oferta de instrumentos auxiliares vem crescendo em volume e qualidade. Brasileiros têm desejo por ferramentas que os auxiliem no bom uso da língua, escrita ou falada. A expressão eficiente, afinal, revela a clareza (exatidão, fluidez, inteligibilidade, transparência) do pensamento – qualidade que, no debate, andou muito em falta. O português é uma língua dinâmica, continuadamente alterada e enriquecida por novas gírias, expressões, palavras importadas. Mas essa fluidez não faz dela um território sem leis. A gramática normativa cumpre um bom papel no esclarecimento sobre o que é ou não correto na escrita. A fala, porém, admite muitas construções que seriam aberrantes na página impressa. O que é preciso é achar o equilíbrio, inclusive nas diferenças de registro: um adolescente não pode empregar com os avós os mesmos termos que utiliza nas baladas com sua turma. E aí se chega a uma recomendação que todo cidadão vem ouvindo desde que se sentou pela primeira vez no banco da escola : ler é indispensável para quem quer se expressar bem. E ler inclui de Machado de Assis e Graciliano Ramos até um blog decente da internet (mas atenção: é preciso ler de tudo – não uma coisa ou outra). Ler mostra as infinitas possibilidades de expressão da língua, enriquece o vocabulário (e o bom vocabulário é o melhor amigo da precisão), ensina o leitor a organizar seu pensamento e ainda oferece a ele algo de valor inestimável: conteúdo. Ter coisas interessantes e pertinentes a dizer é o primeiro passo para falar ou escrever bem. É pena que os candidatos não tenham demonstrado o mesmo comprometimento com a transparência e a correção da linguagem. No auge da democracia clássica grega, no século V a.C., a fala era a principal arma de intervenção na vida pública. Em Roma, a retórica conheceu seu ápice com Marco Túlio Cícero. O orador, dizia ele, devia alcançar três objetivos: docere (ensinar), delectare (deleitar, agradar) e movere (afetar emocionalmente, comover). Confuso, chato, frio, o primeiro debate presidencial falhou nos três fundamentos. Espera-se que, nos próximos encontros, os candidatos consigam, pelo menos, se fazer entender”.
(por Jerônimo Teixeira e Daniela Macedo)
Fonte: Revista Veja, edição 2177, 11/08/2010

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Treinar a voz e a fala ajuda a diminuir a ansiedade para apresentar-se em público

Falar em público pode não ser uma tarefa fácil. Embora algumas pessoas tenham o dom de articular o pensamento e expor de forma espontânea sua mensagem, demonstrando fluência e credibilidade nas apresentações, sabemos que a ansiedade para falar em público é bastante comum antes ou durante as palestras. A Associação de Comunicação Nacional Americana identificou que 40% de mil entrevistados não se sentem confortáveis para fazer uma palestra; porém também demonstrou que o melhor poder aquisitivo, o melhor nível de educação e a idade mais avançada tendem a diminuir a ansiedade.
Esses dados indicam que as experiências de vida são essenciais para um melhor desempenho em palestras e em situações de comunicação. Porém, alternativas mais breves também podem ajudar o falante que não se sente confortável para falar em uma palestra, reunião ou mesmo em um grupo de discussão. Cursos para treinar as habilidades da fala em público foram testados nos Estados Unidos com resultados satisfatórios.
Pesquisadores da Universidade da Flórida e da Universidade de George Washington compararam, por meio de questionários de autoavaliação, dois grupos de alunos com média de 20 anos de idade antes e após dois tipos de cursos. Um grupo participou do curso “Voz e dicção”, cujo programa abordava estratégias para aperfeiçoar a qualidade da fala e da voz. O outro grupo de alunos participou do curso “Discurso fundamental”, cujo programa tinha como metas organizar e apresentar uma variedade de tipos de discurso (informativo, persuasivo, narrativo). Em ambos, os alunos treinavam seus discursos em público.
O resultado desse trabalho indicou menor apreensão e nervosismo, maior confiança e sensação de competência na comunicação após os cursos, com resultados semelhantes entre os grupos. Segundo os autores, o sucesso dos cursos pode ser atribuído às técnicas de treinamento e à prática de alguns discursos.
Esse estudo corrobora com a prática da Fonoaudiologia, que visa ao desenvolvimento e à manutenção da efetividade da comunicação pessoal e profissional em indivíduos sem desordem de comunicação.
Conheça na matéria abaixo o questionário usado no estudo americano citado.

Fonte da matéria: Hancock A, Stone MD, Brundage SB, Zeigler MT. Public Speaking Attitudes: Does Curriculum Make a Difference? Journal of Voice, Vol. 24, No. 3, 2010.

domingo, 1 de agosto de 2010

Questionário de apreensão da comunicação - PCRA

Esse questionário de apreensão da comunicação "Personal Report of Communication Apprehension" (PRCA-24) foi utilizado na pesquisa "Public Speaking Attitudes: Does Curriculum Make a Difference?" comentada na matéria acima. Ele é composto por 24 afirmações à respeito de sentimentos relacionados à comunicação com outras pessoas.
Clique no título para visualizar o questionário (arquivo excel). Faça o download do arquivo na opção file.

Instruções:
Assinale em cada afirmação se você: concorda fortemente, concorda , se está indeciso, discorda ou discorda fortemente.
As respostas do seu teste aparecerão automaticamente.
As explicações sobre o resultado do teste estão no final do questionário.

Se tiver dúvidas: faleconosco@vocalis.com.br.
Equipe Vocalis